São consequência da definição os resultados que de seguida apresentamos, dos quais omitimos a demonstração.
Daqui segue que . Segue também que dada uma matriz tringular (inferior ou superior) que esta é invertível se e só se tiver determinante não nulo. Mais adiante, apresentaremos um resultado que generaliza esta equivalência para matrizes quadradas não necessariamente triangulares.
Como e , segue que , e que . Repare ainda que, se é , é válida a igualdade , já que . De forma análoga, dada uma matriz diagonal com elementos diagonais , tem-se .
O corolário anterior é passível de ser generalizado considerando não linhas iguais, mas tal que uma linha se escreva como soma de múltiplos de outras linhas. O mesmo se aplica a colunas.
Sabendo que uma matriz é invertível se e só se a matriz escada associada (por aplicação de Gauss) é invertível, e que esta sendo triangular superior é invertível se e só se os seus elementos diagonais são todos nulos, segue que, e fazendo uso de resultados enunciados e provados anteriormente,
Portanto, uma matriz com duas linhas/colunas iguais não é invertível. Mais, uma matriz que tenha uma linha que se escreva como soma de múltiplos de outras das suas linhas não é invertível.
Suponha que é invertível.
Existem matrizes elementares
e uma matriz escada (de linhas) tal que
. Ora existem também
matrizes elementares, e matriz escada de linhas para as quais
. Note que neste último caso se pode assumir que não houve trocas de linhas, já que os pivots do AEG são os elementos diagonais de já que é triangular inferior, que são não nulos por ser invertível. Ora é então uma matriz triangular superior que se pode escrever como produto de matrizes triangulares inferiores, e portanto é uma matriz diagonal. Seja . Resumindo,
. Recorde que, dada uma matriz elementar , é válida
. Então,
Como , segue do teorema anterior a relação entre o determinante uma matriz invertível com o da sua inversa.
Recorde que para que uma matriz seja invertível exige-se a existência de uma outra para a qual . O resultado seguinte mostra que se pode prescindir da verificação de uma das igualdades.
Para mostrar que , repare que como então é invertível, e portanto , donde .
Faça a identificação dos vectores com as matrizes coluna . O produto interno usual em pode ser encarado como o produto matricial . Ou seja, . Esta identificação e noção pode ser generalizada de forma trivial para . Dois vectores e de dizem-se ortogonais, , se . A norma usual em é definida por , com
Ou seja, as colunas das matrizes ortogonais são ortogonais duas a duas. O mesmo se pode dizer acerca das linhas, já que a transposta de uma matriz ortogonal é de novo uma matriz ortogonal.
Seguinte: Teorema de Laplace
Acima: Determinantes
Anterior: Definição
  Conteúdo
Pedro Patricio
2008-01-08